terça-feira, 7 de junho de 2016

u̶ ̶k̶n̶o̶w̶

Em dias como esses, o pressão do ar atmosférico parece ser demais.
Tanta. E eu tento fugir. Mas claro, é impossível.
A pressão é interna.
Sinto que vou explodir.
O sentimento é literal.
A distância é metafórica.
A distância entre tantas coisas.
Que também tá na fórmula.

Testo meus limites, tento me provar algo.
Parece que só estou me ocupando.
Não é isso. É a necessidade.
A necessidade me culpa, me cansa, me entristece.
Eu gostaria que não fosse necessário.
Gostaria que isso tudo me pertencesse mais.
Repito: gostaria. Pra enfatizar.
As coisas ficam confusas na minha cabeça, eu tento organizar.

Nunca dá certo.
Ao menos posso tirar algo daqui.
Na falsa ilusão de tirar pedras do bolsos.
O problema não são as pedras.

Em dias como esses, botar pra fora é tão útil pra mim quanto uma bicicleta para um peixe.
Ao menos tento.
Procuro coisas novas, falo coisas novas
Na esperança de renovar
Mas não saio do lugar.
A verdade é essa, permaneço estática.
No tempo, no sentimento.
Não na mente. Isso é certo, não na mente.

Minha mente se move tão rápido que eu mal consigo acompanhar.
Isso, sim, parece real.
Volto ao ponto em que as coisas zapeiam na minha cabeça.
Em que eu posso ouví-las zapeando.

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